quinta-feira, 18 de junho de 2015

Japonês: da agricultura à culinária


Hoje, faz 107 anos que os primeiros japoneses chegaram ao Brasil a bordo do navio Kasatu Maru. 

A corrente imigratória japonesa no Brasil orientou-se basicamente para o meio rural, calcula-se que entre os anos de 1908 e 1958 aproximadamente 210.000 japoneses entraram no Brasil, deste total aproximadamente 75% se concentraram no interior do Estado de São Paulo.

No que se refere à agricultura são enormes as contribuições do grupo japonês quanto ao uso correto do solo; a introdução de novas plantas como o rabanete, a cebolinha, a poncã, acelga ou couve japonesa, a seda, e melhoria de outras já existentes no país, tais como o chá, a pimenta-do-reino, a juta, algodão, tomate, caqui, ameixa, uva, pera, etc.; melhoria da tecnologia de produção; a produção de sementes selecionadas e mudas; organização de granjas; organização da comercialização de produtos agrícolas e o cooperativismo.

Deve-se se destacar também o trabalho dos japonês no uso do plantio de arroz irrigado, as fazendas de frutas, introdução da agricultura ecológica (sem venenos e poluentes), bem como os pesqueiros e fazendas de produção de diversos tipos de peixes.

Após mais de um século em terras brasileiras, lembramos do japonês também pela culinária. E não é à toa. Considerada pela ONU em 2013 como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade a tradicional cozinha japonesa caiu no gosto popular. 

A cozinha tradicional do Japão, conhecida como "Washoku" em Japonês é uma prática social com base em um conjunto de habilidades práticas, tradições e conhecimentos ligados à produção, transformação, preparação e consumo de alimentos. Este elemento do patrimônio cultural está ligado a um princípio essencial do respeito pela natureza que está intimamente relacionado ao uso sustentável dos recursos naturais.

Washoku é uma cultura que simboliza o Japão. Sua culinária prioriza a sazonalidade dos ingredientes e a beleza do arranjo dos alimentos e utensílios de mesa, inspiradas na riqueza da natureza e das quatro estações distintas com um clima em geral temperado. 

A culinária japonesa desenvolveu-se ao longo dos séculos como um resultado de muitas mudanças políticas e sociais no Japão. O termo da cozinha japonesa (nihon ryōri, ou washoku) significa a comida japonesa tradicional, semelhante àquela existente antes do final do sakoku (período histórico de isolamento do Japão), em 1868. Em um sentido mais amplo, pode incluir alimentos cujos ingredientes ou métodos de preparo foram posteriormente introduzidos do exterior, mas que foram desenvolvidos por japoneses de forma diferente.

A culinária tradicional japonesa é dominada pelo arroz branco, e poucas refeições seriam completas sem ele. Qualquer outro prato servido durante uma refeição, como peixe, carne, legumes, conservas, é considerado como um acompanhamento, conhecido como okazu no japonês. Carne e galinha são comumente inseridos na culinária do cotidiano.

O macarrão, originado da China, também é uma parte essencial da culinária japonesa. Existem dois tipos tradicionais de macarrão, o sobá e o udon. Feito de farinha de trigo sarraceno, o sobá é um macarrão fino e escuro. O udon, por sua vez, é feito de trigo branco, sendo mais grosso. Ambos são normalmente servidos com um caldo de peixe aromatizado, com soja, junto de vários vegetais.

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